quinta-feira, 31 de outubro de 2013


HEBRAICO BÍBLICO

O hebraico bíblico é uma língua fácil de se ler e entender, falar e escrever. Basta que o interessado grave as consoantes com seus grafemas e fonemas e exercite bem a leitura.

Primeiramente, aprenda o nome e as formas das consoantes;

א, ב, ג, ד, ה, ו, ז, ח, ט, י, כ, ל, מ, נ, ס, ע, פ, צ, ק, ר, , , ת.

א (álefe), ב (beite), ג (guímel), ד (dálete), ה (he)1, ו (vav), ז (zaine), ח (rhete)2, ט (tete), י (yod), כ (kaf), ל (lâmede), מ (mem), נ (nun), ס (sâmekh)3 ע (aine), פ (pê), צ (tsade), ק (qof), ר (resh)4, (shin)5, (sin)5, ת (tav).

Se você tem uma Bíblia, abra no Salmo 119 e veja os títulos de cada seção desse salmo.

1 he – O som desta consoante no hebraico bíblico é de uma aspiração branda, semelhante ao ‘h’ do termo inglês ‘home’.

2 rhete - Esta transliteração é latina, feita em documentos portugueses antigos. ‘Rh’ soa como o nosso duplo ‘rr’, como em carro.

3 sâmekh – este grupo consonantal ‘kh’ soa como a consoante ח (rhete).

4 resh – O som desta letra é de ‘r’ brando, ou seja, como ‘era’, ‘ora’.

5 Estas duas consoantes, na verdade, são apenas uma, o ‘Shin’, sem o ponto na direita ou esquerda (ש). Com o tempo, surgiram palavras originárias de outras línguas semíticas ou até camíticas que foram sendo assimiladas pelos hebreus, daí a necessidade, por ocasião da massoretização (pontuação vocálica), de grafá-las conforme o som que esta consoante apresentava na palavra. Ex.  שַׁ (sha) e שַׂ (sa).

As consoantes א (álefe) e ע (aine) são mudas, ou seja, não possuem qualquer som. O ע (aine) já possuiu no passado uma aspiração distinta tanto do ה (he) como do ח (rhete), no hebraico bíblico. Hoje ela se iguala ao  א.

As consoantes ב (beite), כ (kaf) e פ (pê), possuem cada uma delas dois fonemas, de acorco com sua grafia nos textos massoréticos e de acordo com o contexto nos textos não massoretizados.

Quando elas contêm em seu interior um ponto (dagueshe), elas são assim pronunciadas: (be); (ke) e (pe). Assim, temos, בַּ (ba), כַּ (ka); e פַּ (pa);

Quando são escritas sem esse ponto em seu interior, são assim pronunciadas: ב (ve); כ (rhe); e פ (fe). Assim, temos בַ (va); כַ (rha); e פַ (fa).נַַ

À luz desse primeiro entendimento, podemos ler abaixo: אַ (a); בַ (va); בַּ (ba); גַ (ga); דַ (da); הַ (ha); וַ (va); זַ (za); חַ (rha); טַ (ta); יַ (ya); כַ (rha); כַּ (ka); לַ (la); מַ (ma); נַ (na); סַ (sa); ﬠַ (a); פַ (fa); פַּ (pa); צַ (tsa); קַ (qa); רַ (ra); שַׁ (sha); שַׂ (sa); e תַ (ta).

sábado, 26 de janeiro de 2013

CONDUTORES CEGOS

“E propôs-lhes também uma parábola: Pode porventura um cego guiar outro cego? não cairão ambos no barranco?” (lucas 6: 39)

O mundo está cheio de condutores cegos. São pessoas que passam ensinamentos fora do contexto do Evangelho de Jesus Cristo. Procuram deixar fundamentos religiosos que nada mais são do que falsos fundamentos. Cegos guiando outros cegos. Quantas pessoas se deixam enganar, buscando outros evangelhos fora dos ensinos de Jesus, conforme testemunho dos apóstolos.

Afinal é conhecendo a Verdade que somos libertos da mentira. A mentira cega. Ainda que alguém afirme que este ensino veio por um anjo ou por um espírito, ele será um ensino mentiroso, pois a Palavra de Deus atesta: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema (maldito); Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema (maldito)” (Gál. 1: 8-9).

Você poderá dizer consigo mesmo: - Isso foi dito por um homem chamado Paulo, que se dizia ser ‘apóstolo de Jesus Cristo’. Porém, leia o testemunho desse homem que antes de se converter a Cristo, perseguia o Evangelho e a seus seguidores, matando os cristãos, como aconteceu com São Estêvão:

- “mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contando que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (Atos 20: 24);

- “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus” (Romanos 1: 1);

- “Pois Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós” (Romanos 1: 9);

- “De modo que, quanto está em mim, estou pronto para anunciar o evangelho também a vós que estais em Roma. Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego (as outras nações); Porque no evangelho é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” (Rom. 1: 15 - 17);

- “no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Cristo Jesus, segundo o meu evangelho” (Rom. 2: 16);

- “Mas nem todos deram ouvidos ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem deu crédito à nossa mensagem?” (Rom. 10: 16);

- “Quanto ao evangelho, eles (os judeus) na verdade, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais” (Rom. 11: 28);

- “para ser ministro de Cristo Jesus entre os gentios, ministrando o evangelho de Deus, para que sejam aceitáveis os gentios como oferta, santificada pelo Espírito Santo” (Rom. 15: 16);

- “pelo poder de sinais e prodígios, no poder do Espírito Santo; de modo que desde Jerusalém e arredores, até a Ilíria, tenho divulgado o evangelho de Cristo; deste modo esforçando-me por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio” (Rom. 15: 19 - 20);

- “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio desde os tempos eternos” (Rom. 16: 25);

- “Porque Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar o evangelho; não em sabedoria de palavras, para não se tornar vã a cruz de Cristo” (1 Coríntios 1: 17);

- “Porque ainda que tenhais dez mil aios em Cristo, não tendes contudo muitos pais; pois eu pelo evangelho vos gerei em Cristo Jesus” (1 Cor. 4: 15);

- “Se outros participam deste direito sobre vós, por que não nós com mais justiça? Mas nós nunca usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo” (1 Cor. 9: 12);

- “Pois, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, porque me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (1 Cor. 9: 16);

- “Logo, qual é a minha recompensa? É que, pregando o evangelho, eu o faça gratuitamente, para não usar em absoluto do meu direito no evangelho” (1 Cor. 9: 18);

- “Ora, eu vos lembro, irmãos, o evangelho que já vos anunciei; o qual também recebestes, e no qual perseverais” (1Cor. 15:1);

- “Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e quando se me abriu uma porta no Senhor” (2Cor. 2: 12);

- “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2 Cor. 4: 3 - 4);

- “E juntamente com ele enviamos o irmão cujo louvor no evangelho se tem espalhado por todas as igrejas” (2 Cor. 8: 18);

- “visto como, na prova desta ministração, eles glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade da vossa contribuição para eles, e para todos” (2Cor. 9: 13);

- “porque não nos estendemos além do que convém, como se não chegássemos a vós, pois já chegamos também até vós no evangelho de Cristo” (2Cor. 10: 14);

- “para anunciar o evangelho nos lugares que estão além de vós, e não em campo de outrem, para não nos gloriarmos no que estava já preparado” (2Cor. 10: 16);

- “Porque, se alguém vem e vos prega outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, de boa mente o suportais!” (2Cor. 11: 4);

- “Pequei porventura, humilhando-me a mim mesmo, para que vós fôsseis exaltados, porque de graça vos anunciei o evangelho de Deus?” (2Cor. 11: 7);

- “Estou admirado de que tão depressa estejais desertando daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho, o qual não é outro; senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo” (Gál. 1: 6 - 7);

- “Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens” (Gál. 1: 11);

- “E subi devido a uma revelação, e lhes expus o evangelho que prego entre os gentios, mas em particular aos que eram de destaque, para que de algum modo não estivesse correndo ou não tivesse corrido em vão” (Gál. 2: 2);

- “aos quais nem ainda por uma hora cedemos em sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós” (Gál. 2: 5);

- “antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me fora confiado, como a Pedro o da circuncisão” (Gál. 2: 7);

- “e vós sabeis que por causa de uma enfermidade da carne vos anunciei o evangelho a primeira vez” (Gál. 4: 13);

- “no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa” (Efésios 1: 13);

- “a saber, que os gentios são co-herdeiros e membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho” (Ef. 3: 6);

- “e calçando os pés com a preparação do evangelho da paz” (Ef. 6: 15);

- “e por mim, para que me seja dada a palavra, no abrir da minha boca, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho” (Ef. 6: 19);

- “pela vossa cooperação a favor do evangelho desde o primeiro dia até agora” (Filipenses 1: 5);

-“como tenho por justo sentir isto a respeito de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós sois participantes comigo da graça, tanto nas minhas prisões como na defesa e confirmação do evangelho” (Fil. 1:7);

- “E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram têm antes contribuído para o progresso do evangelho” (Fil. 1: 12);

- “estes por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho” (Fil. 1: 16);

- “Somente portai-vos, dum modo digno do evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que permaneceis firmes num só espírito, combatendo juntamente com uma só alma pela fé do evangelho” (Fil. 27);

- “Mas sabeis que provas deu ele de si; que, como filho ao pai, serviu comigo a favor do evangelho” (Fil. 2: 22);

- “ E peço também a ti, meu verdadeiro companheiro, que as ajudes, porque trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros meus cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida” (Fil. 4: 3)

- “por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho” (Colossenses 1: 5);

- “se é que permaneceis na fé, fundados e firmes, não vos deixando apartar da esperança do evangelho que ouvistes, e que foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro” (Col. 1: 23);

- “porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo e em plena convicção, como bem sabeis quais fomos entre vós por amor de vós” (1Tessalonicenses 1: 5);

- “mas, havendo anteriormente padecido e sido maltratados em Filipos, como sabeis, tivemos a confiança em nosso Deus para vos falar o evangelho de Deus em meio de grande combate” (1Tes. 2: 2);

- “mas, assim como fomos aprovados por Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações” (1Tes. 2: 4);

- “Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade desejávamos comunicar-vos não somente o evangelho de Deus, mas ainda as nossas próprias almas; porquanto vos tornastes muito amados de nós” (1Tes. 2: 8);

- “Porque vos lembrais, irmãos, do nosso labor e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus” (1Tes. 2: 9);

- “e enviamos Timóteo, nosso irmão, e ministro de Deus no evangelho de Cristo, para vos fortalecer e vos exortar acerca da vossa fé” (1Tes. 3:2);

- “e tomar vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus” (2Tes. 1:8);

- “e para isso vos chamou pelo nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo” (2Tes. 2: 14);

- “segundo o evangelho da glória do Deus bendito, que me foi confiado” (1Timóteo 1: 11);

- “Portanto não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa comigo dos sofrimentos do evangelho segundo o poder de Deus” (1Tim. 1: 8);

- “e que agora se manifestou pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual destruiu a morte, e trouxe à luz a vida e a imortalidade pelo evangelho” (2Tim. 1: 10);

- “Lembra-te de Jesus Cristo, ressurgido dentre os mortos, descendente de Davi, segundo o meu evangelho” (2Tim. 2: 8),

- “Aos quais foi revelado que não para si mesmos, mas para vós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho; para as quais coisas os anjos bem desejam atentar” (1Pedro 1: 12);

- “Pois é por isto que foi pregado o evangelho até aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito.” (1Pedro 4: 6);

- “Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e se começa por nós, qual será o fim daqueles que desobedecem ao evangelho de Deus?” (1Pedro 4: 17);

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

OS DOIS CAMINHOS


A Palavra de Deus nos ensina que há dois caminhos: Um largo e espaçoso e um outro estreito e cheio de dificuldades para caminhar. Aquele tem uma peculiaridade: leva à perdição; este último conduz à vida eterna. Foi Jesus quem nos falou sobre estes dois caminhos. Todavia, ele nos assegura que um desses caminhos é o verdadeiro, pois esse caminho é ele mesmo: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).
Ensinando aos seus discípulos, ele afirmou: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela” (Mat. 7.13). A porta para entrada nesse caminho é larga, porque há muitos atrativos que falam aos sentimentos carnais, portanto naturais do ser humano: Sexo, riquezas, comodismo, por exemplo, são próprios e têm muito a ver com os desejos que fluem à flor da pele no ser humano. Espaçoso, porque, uma vez nele, esses atrativos aumentam, assim como são oferecidos recursos engenhosos para prender o ser humano nele, a fim de fazê-lo permanecer nele. Alguns recusam as drogas, outros se atiram a elas; alguns recusam riquezas, mas entregam-se ao comodismo; outros recusam viver na banalidade do sexo, mas se esquecem de Deus e perambulam pelo caminho espaçoso, admirando os atrativos e prestando homenagem aos que a eles se entregam. Por fim, são conduzidos à morte, sem que bem o saibam, e só na eternidade é que irá descobrir, sem possibilidade de arrependimento, que escolheu o caminho errado.
Sobre o caminho estreito, Jesus afirmou: “e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram” (Mat. 7.14).
A renúncia aos prazeres que o mundo oferece é algo problemático. Basta ler o livro O PEREGRINO, de autoria de John Bunyan, para entendermos este dilema. Poucos encontram esta porta estreita. E alguns há que a encontram, mais, vendo as dificuldades e os embates que surgem pelo caminho, acabam sucumbindo como a semente que brotou, mas logo feneceu sob pressão do sufocamento a que ficou sujeita, ao iniciar sua caminhada. Aliás, esta parábola de Jesus – Lucas 8. 5-8 – nos informa que todas as sementes lançadas pelo semeador brotaram; mas somente uma se desenvolveu e deu frutos, o que nos faz entender que o caminho estreito é uma realidade eterna na vida efêmera do ser humano. Ao fazermos a escolha, temos que ter em mente que ela é para ‘longo prazo’. Seus efeitos serão sentidos com plenitude na eternidade. Se olharmos para trás, não seremos dignos de adentrarmos no Reino de Deus. Aquele que “lança mão do arado não pode olhar para trás” (Luc 9.62).     

sábado, 1 de dezembro de 2012

O Triste Fim de um Servo de Deus



“Ora, o rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha de Faraó: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e heteias, das nações de que o Senhor dissera aos filhos de Israel: Não ireis para elas, nem elas virão para vós; doutra maneira perverterão o vosso coração para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão, levado pelo amor. Tinha ele setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração. Pois sucedeu que, no tempo da velhice de Salomão, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e seu coração já não era perfeito para com o Senhor seu Deus, como fora o de Davi, seu pai” (1 Reis 11: 1-4).

 

Não há sabedoria que resista ao processo consentido de endurecimento do coração. Salomão consentiu quando fez alianças políticas e aceitou o casamento com princesas, as quais traziam suas servas e os seus cultos pagãos. Ele não endureceu seu coração em um único ato, mas foi um processo que durou uma vida. A perversão do coração é sutil. Se fosse alardeada, todos evitariam o pior.

Podemos ocupar nossas mentes e corações com pensamentos e emoções que não correspondem à vontade de Deus e que, aos poucos, vão nos distanciando dele. É urgente a vigilância sobre vida espiritual. Temos todos os recursos para isso: a presença
do Espírito Santo, a Bíblia, a comunhão com Cristo e os irmãos, a oração como meio eficaz de conversa com Deus.

Cuidar da vida espiritual é uma decisão ativa e não podemos ficar passivos diante do que acontece. É como a ilustração do Camelo e o Beduíno. Na tempestade de areia, o beduíno monta a barraca e o camelo fica de fora. O camelo coloca a cabeça para dentro e o beduíno não reage. O camelo, então, aos poucos, vai colocando o restante do corpo mediante a falta de reação do beduíno. Quando o camelo estava dentro da barraca, deu um coice e jogou o beduíno para fora.

Excelente começo não é garantia de fim abençoado. E preciso disciplina espiritual para manter a vida espiritual dentro da vontade de Deus. Mesmo que não consigamos manter o nível todos dias, tenhamos a humildade de confessar os pecados, buscar perdão de Deus e restaurar nossa comunhão com Ele.

 

                        (Extraído do Manancial de 2007)

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

UMA ABORDAGEM PARA SALVAÇÃO DO PECADOR


Meu amigo (minha amiga), gostaria de lhe fazer a pergunta mais importante para a sua vida.
A sua alegria ou o seu lamento eternos dependem da sua resposta.
Eis a pergunta: "Você é salvo"? Não se trata de saber se você é uma pessoa de bem, se você frequenta uma igreja, mas simplesmente saber se você é salvo. Você tem certeza de ir para o Reino dos Céus quando você morrer?
Para ir para o Reino dos Céus, o Senhor Jesus nos diz que devemos nascer de novo. Em João 3.7, Jesus disse a Nicodemos: "É necessário que você nasça de novo".
Na Bíblia, Deus nos mostra como podemos nascer de novo, o que significa também como ser salvo. O plano de Deus é simples! Meu amigo, você pode ser salvo hoje mesmo!
Primeiramente, você deve admitir que você é um pecador. “Porque todos pecaram e privados estão da glória de Deus" (Romanos 3:23).
Porque você é um pecador, você está condenado à morte. "Porque o salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23). A morte espiritual significa estar eternamente separado de Deus, no Inferno. "Está ordenado aos homens morrerem uma só vez, após o que vem o juízo" (Hebreus 9.27).
Mas Deus amou você tanto que deu Seu único Filho, Jesus, para levar sobre Ele o seu pecado e morrer pelo seu pacado em seu lugar. "Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5.21).
Era necessário que Jesus vertesse seu sangue e morresse. “Sem derramamento de sangue não pode haver remissão (perdão dos pecados)” (Hebreus 9.22).
"Mas Deus prova seu amor para conosco em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós” (Romanos 5.8).
Ainda que não possamos compreender como Ele fez isso, Deus diz que Ele colocou os seus e os meus pecados sobre Jesus, que morreu em nosso lugar. Ele tornou-se nosso substituto. Isto é verdade. Deus não pode mentir.
Meu amigo, minha amiga, "Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todos os lugares, que se arrependam, pois Ele tem fixado um dia quando Ele julgará o mundo segundo Sua justiça, por meio daquele que Ele designou – Jesus Cristo – do que Ele deu prova a todos, ressuscitando-O dos mortos..." (Atos 17: 30-31).
O arrependimento implica que houve o reconhecimento por parte do arrependido de que ele é um pecador, e que reconhece tudo o que Jesus fez por ele na Cruz.
Em Atos 16: 30-31, o carcereiro de Filipos indagou de Paulo e Silas o seguinte: "Senhores, o que é necessário que eu faça para ser salvo? Paulo e Silas responderam: Creia no Senhor Jesus e você será salvo juntamente com a sua família."
Creia simplesmente que Ele levou os seus pecados, que Ele morreu em seu lugar, que Ele foi sepultado, e que Ele ressuscitou. A ressurreição de Jesus nos dá a certeza inabalável de que todos os que creem nele podem ter a vida eterna, quando recebem a Jesus como seu Salvador.
"Mas a todos os que O receberam, os que creem em seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus" (João 1: 12).
"Porquanto todo aquele que invocar o nome do Senhor Jesus será salvo" (Romanos 10: 13).
"Todo aquele que” inclui você e eu. “Será salvo” não significa “poderá ser salvo”, mais quer dizer claramente que “será salvo”!
Você com certeza compreendeu que é um pecador. Neste mesmo instante, quando você está lendo este texto, se você aceita arrepender-se, eleve seu pensamento e coração a Deus e ora.
Em Lucas 18: 13, encontramos um exemplo de oração feita por um pecador:
"Ó Deus, sê propício a mim, que sou um pecador."
Faça esta simples oração: "Senhor, eu sei que sou um pecador. Eu creio que Jesus tem sido foi o meu substituto quando Ele morreu na Cruz. Eu creio que Seu sangue vertido, Sua morte, Seu sepultamento e Sua ressurreição, tudo isso foi por mim e para mim. Eu O recebo agora como meu Salvador. Eu Te agradeço pelo perdão dos meus pecados, pelo dom da Tua salvação e da Vida Eterna, pela Tua graça e pela Tua misericórdia. Amém!"
Creia em Deus e em Sua Palavra, e receba a sua salvação pela fé. Com toda segurança, afirmo que você será salvo, se fizer o que lhe foi orientado. Nenhuma igreja, ou filosofia, nem boas obras, podem salvar você. Não se esqueça de que somente Deus é que pode salvar. É Ele quem nos dá plena salvação em Cristo Jesus!
Este plano divino da salvação é simples. Você é um pecador. Se você não crê que Jesus morreu em seu lugar, você passará a eternidade a eternidade no Inferno. Se você crê n’Ele como seu Salvador que morreu, e ressuscitou, você receberá o perdão de todos os seus pecados e o dom da salvação eterna, pela fé.
Você pode estar dizendo: "Isso não pode ser tão simples assim!" Mas é simples, como nos diz a Bíblia. É o plano de Deus. Meu amigo, minha amiga, creia em Jesus e receba-O como seu Salvador!
Se este plano ainda não ficou claro para você, releia este artigo de novo até entendê-lo. Não deixe de dar crédito ao que foi escrito, simplesmente por não ter compreendido a mensagem. A sua alma vale mais que o mundo inteiro!
"E que adianta ao homem ganhar o mundo todo e perder a sua alma?" (Marcos 8: 36).
Tome posse da sua salvação! Si você perder a sua alma, você perde o Céu e perde tudo. Eu o aconselho a que deixe Jesus salvar você! Seja salvo agora mesmo!
É o poder de Deus que vai salvar você; que vai guardá-lo salvo e que vai permitir a você viver uma vida cristã vitoriosa!
“Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar." (1 Cor. 10 : 13).
Não confie nos seus sentimentos de autojustiça diante de Deus. Eles mudam. Agarre-se às promessas de Deus. Ele não muda jamais!
Uma vez que você já foi salvo, há três coisa que você deverá fazer a cada dia para o seu crescimento espiritual.
Ore: Orando, você fala com Deus.
Leia a Bíblia: Lendo a Bíblia, é Deus quem fala.
Testemunho: é você que fala de Jesus aos outros.
Você deve ser batizado. É pelo batismo que o salvo testemunha da sua conversão e salvação.
Você deve unir-se a uma igreja para estudar mais a Palavra de Deus.
“Portanto não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa comigo dos sofrimentos do evangelho segundo o poder de Deus," (2 Timóteo 1: 8).
“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus." (Mateus 10: 32).
A oração apenas não salva; o que salva é crer em Jesus como Salvador pessoal, como aquele que morreu por nós e ressuscitou para nos garantir a Vida Eterna.
É o Espírito Santo que nos leva a crer e a nos arrepender, e é Ele que nos mantém firmes na fé e na oração a Deus e na busca da Sua Palavra!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

SAUDADES DE SIÃO (Paráfrase de Sal 137)


De Babilônia junto aos rios,
Nos recordamos de Sião
e penduramos nossas harpas,
pois nos pediam uma canção.

Os que cativos nos levaram
que lhes cantassem nos pediam;
“Cantai-nos um de vossos hinos”,
rogavam os que nos destruíam. 

Mas, como entoar em terra estranha
ao nosso Deus uma canção?
Como alegrar aquela gente
que nos ferira o coração?

Jerusalém, Jerusalém,
Se, pois, de ti eu me esquecer,
de minha destra esqueça eu;
pereça, então, todo o meu ser. 

Dos inimigos de Israel,
dos que assolaram a Sião,
jamais Te esqueças, ó Senhor;
vinga-nos, pois, a Tua mão.

                                     Pr Wilson C. L. Lima



quarta-feira, 4 de julho de 2012

RELIGIÃO: PROPOSTA DIVINA OU PRÁTICA HUMANA?

            Introdução

O termo religio, onis vem do Latim e tem como sentido principal a idéia de religação, reatamento. Segundo a Bíblia Sagrada, esta é a intenção de Deus para com o homem. Este, por sua vez, criado à imagem e semelhança de Deus, tornou-se alheio ao relacionamento que lhe fora proposto e, por conseguinte, afastou-se de Deus, desligando-se dele completamente. A busca pelo ser criado é uma iniciativa de Deus e, como tal, deve ser no estilo dele, segundo sua proposta ao homem decadente. Religião é, portanto, uma proposta divina para o homem e tem como objetivo reconciliá-lo com Deus.
Por outro lado, o homem, na tentativa de buscar a Deus, tropeça nos seus propósitos e se emaranha em atividades rituais e místicas, colocando para si mesmo barreiras intransponíveis que resultam num completo ceticismo em relação à verdadeira fé, passando a crer em crendices e regras e práticas religiosas que acabam por levá-lo a um mar de dúvidas com respeito à pessoa do próprio Deus.
Por ser proposta de Deus, o homem deve procurar entender Sua vontade e caminhar em direção a ela, tendo como alvo viver em Sua presença continuamente.
A experiência dos gregos, observada pelo apóstolo Paulo, retrata o quadro em que a humanidade tem permanecido desde os dias antigos até o presente, mostrando, entretanto, a existência de uma luz no fim do túnel que pode revelar a verdadeira direção para a qual o homem deve se voltar para encontrar a Deus.
Como prática humana, a religião assume certas características, cujos segmentos, diferindo ou não entre si, acabam por induzir o homem a um afastamento imperceptível dos objetivos e propósitos divinos. 

RELIGIÃO COMO PROPOSTA DIVINA 

Desde os dias mais antigos, quando o homem vivia em plena harmonia com Deus e Sua criação, o homem tem desfrutado das bênçãos de Deus através das chuvas e do sol, das brisas e das monções, usufruindo do fruto das árvores frutíferas, da água potável e do ar que respira. Tudo isso é uma dádiva do Pai das Luzes que pode ser com plenitude e abundância ou com escassez, de acordo com o relacionamento do homem com o Criador.
As Escrituras Sagradas revelam momentos na vida de algumas nações, inclusive Israel, quando as dádivas do Criador e Senhor tornaram-se escassas, produzindo prejuízo para as lavouras, para o gado e, em momentos de pico, para o próprio homem.
A primeira ordem de Deus ao homem dada no Éden revela a preocupação de Deus com esse homem e busca educá-lo no sentido da obediência plena à Sua vontade. Tanto como indivíduo como em sociedade, o homem deveria obedecer a Deus e andar segundo Sua vontade. Porém, o homem falhou na consecução dos objetivos propostos por Deus para ele, e pecou, rebelando-se contra Ele e deixando de fazer a Sua vontade.
O resultado desse triste evento foi trágico não só para o homem, mas também para toda a sociedade humana. Uma vez que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Ro 3.23)”.
Não obstante, o Deus que cria é também o Deus que sustenta a criação e, como tal, não podia deixar de prover ao homem os recursos necessários para a sua reabilitação.
O propósito de que fala o apóstolo Paulo, “de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra (Ef 1.10)”, refletem o interesse de Deus pela criação, principalmente o homem, para tê-lo um dia em comunhão com Ele. E para isso, o homem precisa ser educado para viver em sociedade não só com o próximo, mas, sobretudo, com Deus. E é nesse firme propósito que o Senhor Deus lança a pedra fundamental da religião proposta por Ele ao homem: “...esta te ferirá a cabeça... (Gen 3.15b)”, ou seja, “da semente da mulher nascerá aquele que esmagará a cabeça da serpente”. Tal predição, da boca do próprio Deus, levou nossos primeiros pais a uma reflexão em função de sua atitude leviana para com a vontade divina, e fez com que estes vivessem em sociedade buscando agradar a Deus, como fizeram Enoque e Noé e, mais tarde, Abraão, Isaque e Jacó, donde surge o povo de Israel.
  A religião proposta por Deus ao homem tem um misto de valores morais e espirituais: morais porque conduz o homem a uma vida interativa com a sociedade em que vive, buscando o bem comum; e espirituais porque procura relacioná-lo com Deus, buscando agradá-lO e servi-lO ao mesmo tempo em que, sob a dependência deste, o homem irá usufruir de bênçãos abundantes que são descritas a todo momento na Sua Palavra, com o fim de direcionar o homem para um inter-relacionamento na forma de uma teocracia em que Deus e homem se interagem por toda a eternidade.
A religião proposta por Deus ao homem busca reconciliá-lo consigo e esta reconciliação só pode ser levada a efeito mediante a pessoa de Jesus Cristo.
O povo de Israel vivia nessa expectativa, sem entender o cerne da proposta divina, mas compreendendo o fim dela, cuja manifestação seria com a vinda do Messias prometido. A Lei compreendia o contexto da religião proposta por Deus, e a graça, o fim, o cerne não entendido pelos antigos pais, mas revelado na plenitude dos tempos na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
O judaísmo tem em si raízes divinas, enquanto contexto da proposta de Deus para Israel, mas possui também raízes humanas porque foi transformado em preceitos e mandamentos de homens que mais desviava o homem de Deus do que o conduzia a Ele. O judaísmo pode ser útil para o entendimento acerca do desvio que levou a religião de “proposta divina” para “prática humana”.
A culminância da proposta divina aconteceu com Cristo e em Cristo, uma vez que Ele é o fim da lei e dos profetas, ao mesmo tempo em que é a resposta à proposta em Gênesis 3.15. Nele todas as coisas são congregadas, isto é, religadas, a partir do cumprimento de suas cláusulas, já que proposta divina e, como tal, o homem que a aceitar deve enquadrar-se nos requisitos expostos pelo proponente que é Deus.
Como fator educativo e social, a religião cristã, fundamentada em Cristo e nos seus apóstolos, propõe ao homem uma vida justa, pura e santa, e o conduz a uma interação de valores eternos que o levam a uma verdadeira educação, já que os ensinamentos de Jesus Cristo, corroborados pelo Espírito Santo, têm base no amor de Deus.

RELIGIÃO COMO PRÁTICA HUMANA

Um exemplo bíblico de religião como prática humana, sem vínculo real com a proposta feita por Deus ao homem, é a atitude de Jeroboão por ocasião da divisão de Israel nos dois reinos: do Norte e do Sul. Esta religião surgiu, por conseguinte, como fruto do alvitre de um homem e era muito parecida com o judaísmo praticado pelo povo de Judá, com a grande diferença de ser uma mera prática humana, pois não tinha Deus como proponente e sim Jeroboão e seus conselheiros. Uma religião idólatra, cujo Deus era um bezerro de ouro, duplicado para fazer face aos altares de Betel e de Dã, com festas e celebrações em dias “que ele tinha escolhido a seu bel prazer” (I Reis 12.33).
O povo de Israel deveria ser educado no modelo religioso do seu líder – um homem mentiroso e ávido de poder. Jeroboão nos faz lembrar Muhammed e seu Islamismo; Sidhartha e seu Budismo; Tao e seu Taoísmo; Kardec e seu Espiritismo.

ALGUMAS IMPLICAÇÕES

A religião, quando sai da categoria de proposta divina para prática humana, corre risco de ser atropelada por algumas ideias heréticas, tais como o Arianismo e o Gnosticismo. Foi o que aconteceu por ocasião da Igreja Primitiva. O Gnosticismo, sistema filosófico-religioso surgido nos primeiros séculos da nossa era e diversificado em numerosas seitas, visava a conciliar todas as religiões e a explicar-lhes o sentido mais profundo por meio da gnose. São dogmas do gnosticismo: a emanação, a queda, a redenção e a mediação, exercida por inúmeras potências celestes, entre a divindade e os homens. Relaciona-se o gnosticismo com a cabala, o neoplatonismo e as Doutrina de Ário, famoso heresiarca de Alexandria (280-336), segundo a qual era Cristo uma criatura de natureza intermediária entre a divindade e a humanidade.
CONCLUSÃO

O mundo tornou-se o grande celeiro das chamadas religões práticas, quando o ser humano buscou na divindade uma opção de vida, passando a ignorar o Propósito de Deus para a salvação do homem, perdido porque pecador.
Por ocasião do IV Séc. surge no Oriente Médio o Islamismo, como resposta à ansiedade do homem pela busca de uma religão prática. O propósito de Deus para Abraão foi confundido de tal forma que os profetas Moisés e Elias foram considerados verdadeiros, porém, como mensageiros de uma confusa realidade: O plano de Deus para Israel falhou e deu lugar a um outro plano, no qual Deus escolhe Ismael, rejeitando Isaque, do qual Mohammed torna-se o 'verdadeiro' profeta de Alá (Deus, no Islã).
Por outro lado, em meados do XIX Séc. surge o Espiritismo Kardecista, uma outra prática humana, com citações bíblicas, sem qualquer exegese com base nos escritos originais, truncando textos bíblicos e negando o Propósito de Deus em Cristo. Para seus organizadores, Jesus é um misto de verdade e mentira, pois, seus apelos para que o homem venha até Ele para ser salvo, caso contrário torna-se perdido para sempre, é ignorado de modo eclético, já que não satisfaz as idéias lançados pelo fundador do Kardecismo.
E assim segue o mundo, chamando Deus e Seu Filho de mentirosos, pois negam a autenticidade de suas mensagens proféticas e reveladoras em Cristo e se enveredam pela prática da caridade, julgando ser isso de valor central para a salvação que, por sinal, nem acreditam, já que a purificação do espírito do ser humano, segundo seus ensinamentos, se dá por sucessivas reencarnações até a sua gnose, ou seja, sua purificação total. esquecem-se eles que só no sangue de Jesus o homem, que é por natureza pecador, pode ser purificado e perdoado de seus pecados.
A triste realidade é que, na eternidade, vão lamentar a má escolha e o desprezo por não examinarem as Escrituras - A Bíblia Sagrada.
Basta ler em Mateus 22 verso 29: "Jesus, porém, lhes respondeu: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus"; e também em João 5 verso 39: "Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim".